Proveniente de uvas colhidas à mão entre fendas da rocha
e currais labirínticos de pedra, o Czar atinge naturalmente mais de 18% de volume de álcool adquirido.
Isto deve-se às características peculiares das uvas, ao tipo de solo vulcânico, às leveduras indígenas e à desfolha realizada alguns dias antes da vindima tardia, ajudando na sobrematuração das uvas.
Foi em 2009 que o Czar despertou maior curiosidade estando, no caminho certo para que um vinho de uma pequena ilha, de um pequeno arquipélago no meio do Atlântico, pudesse vir-se a tornar um ícone no mundo dos vinhos.
A produção vitivinícola picoense remonta a quase 600
anos de história, num solo vítima da atividade lávica da montanha do Pico, revelando-se um solo impróprio para cultivo, mas óptimo para a vinha. Por ser tão específico e característico, este néctar de uma ilha no meio do Atlântico, ficou afamado e viajou pelos quatro cantos do mundo, chegando às mesas mais importantes da Europa e Além Mar.
Existem várias menções ao vinho “passado” do Pico ter sido servido à mesa de Papas, Imperadores e Czares, cobiçado pelos homens mais ricos do mundo.
O facto da produção ser pequena e de qualidade imprevista, que nem sempre atinge o nível para se tornar Czar, nunca constituiu motivo para desistir ou alterar o processo, mas sim tornou-se um incentivo à melhoria. Se numa fase inicial, logo após um ano de vindima, o vinho está pronto para ser consumido, ao passar por três anos de envelhecimento, existe uma melhoria substancial na sua qualidade e, hoje, só é engarrafado ao fim de oito anos de colheita, no auge do seu envelhecimento, afirmando assim a sua excelência de qualidade, e tornando-se um vinho de renome mundial.